Do analógico ao digital: como a tecnologia mudou a forma da TV Morena de informar a população
25/12/2025
(Foto: Reprodução) Aniversário de 60 anos da TV Morena
A evolução da tecnologia na televisão ampliou o acesso do público a som, imagem e informação de forma mais rápida e simples. Ao longo de seis décadas, a TV Morena acompanhou essas mudanças, do sistema analógico ao digital, e transformou rotinas de produção, edição e transmissão de conteúdo em Mato Grosso do Sul.
Atualmente a emissora transmite sinal digital em alta definição, com recursos de acessibilidade e múltiplas opções de áudio. O avanço permite melhor qualidade de imagem, som e amplia a experiência de quem assiste.
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Da TV analógica ao digital
No início, a produção era feita com equipamentos analógicos, processos manuais e operações mais lentas. Quem viveu essa transição foi Eliomar Rodrigues, que entrou na TV Morena aos 14 anos e construiu uma trajetória de 25 anos na emissora.
Ele começou como office boy e, depois, passou a atuar na operação técnica, especialmente no áudio do jornalismo.
Fotos do acervo mostram máquinas das décadas de 1970 e 1980 usadas para colocar novelas, filmes e jornais no ar. Hoje, esses equipamentos estão preservados como parte da história da emissora.
Ao revisitar o antigo local de trabalho, Eliomar compara passado e presente.
“Aqui a mesa é computadorizada, com som de qualidade. Antes eram poucos canais. Hoje é outra geração.”
Mudanças na edição e na produção
A transformação também chegou às ilhas de edição. As antigas fitas deram lugar a sistemas digitais, que tornaram o trabalho mais ágil e flexível.
O editor de imagens Antônio Paes acompanhou essa mudança.
“Antes, a edição era toda em fita. Se errasse no começo, precisava refazer tudo. Hoje, é possível mudar qualquer parte na timeline.”
O mesmo processo foi vivido por outros editores experientes, como Alexandre Yovio, conhecido como Juca.
“Mudou tudo. É mais fácil do que trabalhar com fitas, onde qualquer erro podia apagar o material.”
Reportagem mais rápida nas ruas
Nas equipes de reportagem, a tecnologia também mudou a forma de trabalhar. Hoje, é possível produzir e transmitir uma reportagem inteira usando apenas um celular.
O repórter Geysel Rodrigues, da TV Morena em Três Lagoas, usa esse recurso diariamente. O que hoje é rotina contrasta com a década de 1990, quando transmissões ao vivo dependiam de grandes unidades móveis.
Antes, transmissões ao vivo exigiam equipes grandes, carros equipados e antenas apontadas para a torre da emissora. Hoje, um repórter e um cinegrafista conseguem entrar ao vivo com equipamentos portáteis conectados à internet.
O supervisor de operações Eduardo Galina acompanhou essa mudança desde o início.
“Antes ia uma equipe inteira em um carro grande. Hoje, o repórter vai com uma mochila e faz o link ao vivo."
Grandes desafios do passado
Em transmissões nacionais, a logística era ainda mais complexa. O ex-cinegrafista Gilberto Juvenal relembra uma entrada ao vivo no Pantanal para um programa da Rede Globo, em 2003.
“Foram duas caminhonetes cheias de equipamento. O sinal só funcionou à noite, depois de muito teste.”
TV Morena comemora 60 anos e relembra primeira transmissão.
TV Morena
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